
COLELITÍASE
É a presença de um ou mais cálculos (pedras) dentro da vesícula biliar. Em países desenvolvidos, 10% dos adultos e 20% das pessoas com idade > 65 anos têm cálculos.
Calculose da vesícula biliar tende a ser assintomática. O sintoma mais comum é a cólica biliar, mas os cálculos não causam dispepsia ou intolerância a alimentos gordurosos.
Complicações mais sérias incluem colecistite; obstrução do trato biliar (por cálculos nos ductos biliares [coledocolitíase]), algumas vezes acompanhada de infecção (colangite); e pancreatite biliar. O diagnóstico costuma basear-se na ultrassonografia. Se a colelitíase causar sintomas ou complicações, a colecistectomia torna-se necessária.
Pode ser realizada segundo técnica aberta (convencional) ou videolaparoscópica.
A colecistectomia por via aberta, que envolve uma incisão abdominal grande, é um procedimento seguro e efetivo. Quando esse procedimento é realizado de forma eletiva em um período sem complicações, a mortalidade global é de 0,1%.
Colecistectomia por videolaparoscopia tornou-se o procedimento de escolha. Usando videoendoscopia e instrumentação através de pequenos orifícios, o procedimento é menos invasivo que uma cirurgia convencional. Permite um período de convalescença menor, reduzido desconforto pós-operatório e melhores resultados estéticos, sem aumentar a morbidade ou mortalidade.
A colecistectomia laparoscópica é convertida em procedimento aberto em cerca de 2 a 5% dos casos, geralmente por inabilidade de identificar a anatomia da vesícula biliar ou de manejar alguma complicação. Idade avançada aumenta o risco de ambos os procedimentos.